Paralisia cerebral: um impasse de corporeidade na educação inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.56183/iberojhr.v3i1.597Palavras-chave:
paralisia cerebral, novas estratégias de ensino, desafios, esquema corporal, criatividade.Resumo
A condição neurológica denominada paralisia cerebral pode apresentar alterações do desenvolvimento nos âmbitos motor, sensorial, comportamental e cognitivo. Diante da necessidade de debate acerca da inclusão da pessoa com paralisia cerebral no ensino comum, esse estudo discutiu a importância da apropriação do corpo para que a aprendizagem ocorra, proporcionando ao indivíduo amadurecimento, crescimento, autonomia e independência, e o quanto que isso é difícil para a criança com paralisia cerebral. Assim, considerou-se, o impacto que essa deficiência pode gerar na criança que frequenta escola e evidenciou-se que a presença da educação psicomotora na educação inclusiva, por meio da estimulação precoce, faz-se essencial para o processo de ensino-aprendizagem de todos os alunos, inclusive os com paralisia cerebral. Com a elevação da plasticidade neural a consciência corporal é promovida, levando ao reconhecimento de capacidades e limites. Assim, para potencializar o trabalho educativo com o aluno com paralisia cerebral, indicamos como crucial a contemplação das manifestações biopsicossociais, afectivo-emocionais e psicosóciocognitivas do desenvolvimento humano, com a consciência de que a integração psicossomática faz parte da saúde, e a saúde, da educação.
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